Mas o avanço da oncologia e da mastologia moderna mostrou que a segurança do tratamento não depende da extensão da cirurgia, e sim da associação entre diagnóstico precoce, margens livres e tratamento complementar adequado.
Em casos selecionados, geralmente quando o tumor é pequeno em relação ao volume da mama, há possibilidade de obter margens cirúrgicas livres e a paciente pode realizar radioterapia, a cirurgia conservadora (ou quadrantectomia) oferece a mesma taxa de sobrevida e controle local da doença que a mastectomia total.
Esses resultados foram comprovados em diversos estudos internacionais, como o NSABP B-06 (Fisher et al., NEJM, 2002), e estão incluídos nas Diretrizes da Sociedade Brasileira de Mastologia (2023) e da NCCN (2024).
Em outras palavras:
A cirurgia conservadora não é uma alternativa menos segura, mas sim uma escolha baseada em critérios clínicos, anatômicos e oncológicos.
O foco é tratar o câncer com a mesma eficácia, preservando, quando possível, a forma e a autoestima da paciente.
Cada caso é único. A decisão entre cirurgia conservadora e mastectomia deve ser feita com base em avaliação individualizada, imagem detalhada e discussão multidisciplinar.